Em destaque: "QUANDO FORES MÃE, VAIS VER e outras Pérolas do Folclore Materno" de Ana Saragoça


O PRIMEIRO E ÚNICO LIVRO QUE RETRATA A VERDADEIRA MÃE-À-PORTUGUESA 
Lembra-se destas frases que ouviu da sua mãe e que jurou nunca, mas nunca, em tempo algum, repeti-las aos seus filhos?

«Antes chorares tu que chorar eu.»
«Se os teus amigos se atirarem a um poço, também te atiras?»
«É para teu bem.»
«Também eu queria muita coisa!»
«Temos o caldo entornado»

Pois é, Ana Saragoça, actriz, dramaturga, romancista, senhora de um sentido de humor acutilante, de uma inteligência notável e de uma escrita que traduz tudo isso, desfia as memórias da sua infância, de filha de uma mãe alentejana a residir em Lisboa e faz-nos dar sonoras gargalhadas e recordar a nossa própria infância a todo o passo.

«Ao cabo de milénios a criarem filhos, as mulheres de todo o mundo acabaram por desenvolver um léxico quase comum, um glossário de frases feitas que todas ouviram às mães, e todas juraram que nunca repetiriam aos filhos – com os resultados que se conhecem.»
“O vocabulário das mães é verdadeiramente um colar, mas não de pérolas. É mais daqueles a que se vão acrescentando penduricalhos ao longo da vida, sem nunca retirar nenhum.»
«O folclore materno tem frases certeiras em todas as áreas - aspecto físico, agressão passiva, segurança, ameaças, saúde e bem-estar, etiqueta e boas maneiras, segurança; e para todas as fases de crescimento dos filhos - infância, adolescência e idade adulta – embora, para as mães, o conceito de idade adulta nos filhos seja altamente discutível: como vim a descobrir, é-nos muito complicado reconhecer o crescimento de um rabo que limpámos vezes sem conta.»

Este é o livro sobre a Verdadeira-Mãe-à-Portuguesa, que é uma variante muito nossa da Mãe Universal: todas as mães do mundo parecem copiadas a papel químico.
Se consultarmos um dicionário chinês de ditos das mães encontraremos, de certeza, muitos que parecem retirados a papel químico dos das nossas: o Rio das Pérolas Maternas passa por todos os continentes e desagua num oceano nem sempre pacífico, como se descobrirá ao ler este livro. Um oceano em que todos, mas todos, molhamos os pezinhos, ao longo de gerações e gerações.
Boa disposição garantida num livro recheado de divertidas ilustrações, que todos os filhos quererão ler e todas as mães podem ler sem motivar ameaças como a de que «vai haver cachapim com couve!».

Sobre a autora:
Ana Saragoça, filha dos anos sessenta, de um pai terno e de uma mãe extremosa que não deixa os créditos por mãos alheias, cresceu, tal como a irmã, limpinha e asseada, bem-educada, bem alimentada e agasalhada e bem comportada, apesar de um forte pendor para
a irreverência que se lhe adivinha desde as primeiras linhas deste livro e se aposta que existe naquela cabeça desde os primeiros anos de vida.
Terá, pois, dado à mãe fortes razões para coleccionar «pérolas» suficientes para um colar com várias voltas e, agora, passa a herança à filha pré-adolescente e ao filho, já adolescente, com quem vive, em Lisboa. Embora por vezes tenha melhores resultados (como todas as mães sabem) a falar para as paredes, ou para os cinco gatos que completam o agregado familiar...
Para além do currículo materno-filial, é actriz, tradutora e escritora, tendo publicado, em 2012, um dos mais interessantes romances do ano literário: Todos os Dias São Meus.
É também dramaturga, com duas peças levadas à cena recentemente, e colaboradora de várias revistas, e nomeadamente de uma que se chama Papel mas só existe online (o que pensará disto a mãe dela?) 

Sobre a ilustradora:
Marta Carreté nasceu em Barcelona, em 1973. É ilustradora e pintura. Colabora habitualmente com revistas, agências de publicidade e produtoras de audiovisuais. O sentido de humor e a pesquisa de uma linha simples, mas graficamente conceptual, caracterizam o seu trabalho. Era ainda criança quando sentiu dentro de si qualquer coisa a agitar-se. Como uma daquelas bolas de vidro que contém um souvenir e quando se agitam provocam uma tempestade de neve, sabem? Então teve a certeza do que queria ser quando fosse grande e, de então
para cá, tem o privilégio de se dedicar àquilo que a faz vibrar mais intensamente: criar.



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