"A Minha Avó Pede Desculpa" de Fredrik Backman (opinião)


Diz-se que um livro é uma forma de viajar, um meio de transporte que nos leva a visitar outras gentes, outros países… Mas e o que dizer quando um livro nos leva mais além? Para lá do fim do arco-íris e bem acima das nuvens? O que dizer quando um livro nos enche o coração e o faz transbordar? O que dizer quando um livro é mais do que um livro? 

Este livro, "A Minha Avó Pede Desculpa" é um livro que todos deveriam ler. De uma forma encantadora, meio a brincar, meio a sério, Fredrik Backman escreveu sobre a vida, sobre a amizade, sobre o amor, sobre as relações familiares, sobre aquilo que pensamos ser as prioridades da vida. Mas aborda também temas complicados como o bullying, a violência doméstica, a solidão e a forma como algumas pessoas lidam com o trauma.

Muito pesado, pensam vocês. Nem por isso – digo eu. Não é à toa que Fredrik Backman tem deslumbrado o mundo inteiro. É que este escritor sueco, considerado o mais lido pela Amazon em 2017, escreve de uma forma especial. Ele cativa os seus leitores com aventuras maravilhosas, criativas e deslumbrantes, conquistando mesmo os mais cépticos e sisudos leitores de todas as idades.


Em “A Minha Avó Pede Desculpa” (a capa é lindíssima, não é?) o autor conta-nos a história de Elsa, uma menina de sete anos, quase a fazer oito, muito especial e inteligente, que vê a vida com muito mais clareza que muitos de nós. Elsa tem uma melhor amiga, a sua excêntrica e tresloucada avó, que a leva a viajar por mundos mágicos e encantadores, de certa forma para a proteger da verdade fria e cruel do mundo real, e juntas as duas se divertem e exasperam quem tem de as aturar. Só que o dia chega em que a Avózinha tem de partir para outras e desconhecidas paragens e Elsa fica sózinha, encarregue de entregar uma série de cartas às pessoas a quem a Avózinha, de uma forma ou de outra, achava que tinha de pedir desculpa pelo seu comportamento. É desta forma que, após uns primeiros capítulos hilariantes com os disparates levados a cabo pela Avózinha, entramos na aventura mais estranha e irreal que poderíamos imaginar, ao lado de Elsa, que finalmente vai perceber quem foi a sua Avózinha e o legado que lhe deixou.

Foi sem dúvida uma leitura encantadora que me fez rir e chorar e pensar… em como a vida seria bem mais simples se fossemos tão pragmáticos e inocentes como Elsa e um pouco tresloucados como a sua Avózinha.

Recomendo sem hesitações para todo o género de leitores e de todas as idades!

Para mais informações, incluindo ler as primeiras páginas do livro, podem visitar a página do mesmo no site da Porto Editora.

Em www.bertrand.pt

O clube de leitura do meu coração.

 
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