"Desaparecidos" de Caroline Eriksson (opinião)

Vai lá vai!!
Adoro bons thrillers psicológicos mas este, confesso, deu-me cabo do juízo.
Estive quase a desistir, juro. E pronto, era mais um para a pilha dos inacabados, mas... insisti e insisti e lá avancei na leitura. E sinceramente ainda bem, porque me surpreendeu até à espinal medula! (ahahah rimou!)

Não há nenhum crescendo, como é hábito neste género de livros. Andamos ali a marinar com a personagem principal na sua angústia existencial junto do Lago Maldito onde supostamente desapareceram o seu marido e a sua filha. Achei que a autora exagerou um pouco nesta parte. Está ligeiramente maçuda e a atitude da personagem principal, que é também a narradora, não é natural. Não consigo entender como é que ela não teve uma atitude mais pró ativa, ou como não alertou a polícia para o desaparecimento. Esse, para mim, é um dos pontos negativos da história e que deve ter levado muita gente a desistir da leitura. No entanto, mais tarde percebi que a personagem principal se encontrava em pleno surto psicótico. E todo o "marasmo" que refletem as páginas da primeira metade do livro são reflexo disso mesmo. Entretanto, passando essa fase, a história dá uma reviravolta tal que já não consegui pousar o livro enquanto não terminei a leitura.

As personagens são poucas, mas as suficientes. Todas tem o seu papel, e até mesmo as que parecem ser secundárias têm, mais à frente, uma função importante, até vital. No último 1/3 do livro as pontas soltas começam a juntar-se e tudo passa a fazer sentido. E mais não vos posso contar.
Apenas que agora, à distância, não sei se li algo genial ou não, mas que este é um livro que não esquecerei e esta autora vai ficar no meu radar. 

Sabem que mais? Se este livro fosse transformado em filme seria a primeira fila para o ver no dia de estreia. :)
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